Copa do Mundo Feminina 2023: A história começa na Itália
A Copa do Mundo Feminina e sua história começou em 1970, a Federação Internacional de Futebol Feminino, conhecida em italiano como Federazione Internazionale Europea Football Femminile (FIEFF), organizou o primeiro grande campeonato de futebol feminino a nível internacional, a Coppa del Mondo, que ocorreu na Itália.
Essa competição foi patrocinada pela empresa de bebidas Martini & Rossi, e é reconhecida como a primeira copa extraoficial do futebol feminino. Os patrocinadores realizaram uma segunda edição do campeonato, dessa vez em 1971, no México, que contou com a presença de 10 mil espectadores.
A primeira Copa do Mundo Feminina ocorreu em 1991 na China.
Na final, os Estados Unidos venceram a Noruega por 2×1, em uma partida emocionante que aconteceu na cidade de Cantão (Guangzhou).
Edição |
País Sede | Primeiro Lugar |
1991 |
China | Estados Unidos |
1995 | Suécia | Noruega |
1999 | Estados Unidos | Estados Unidos |
2003 | Estados Unidos | Alemanha |
2007 | China | Alemanha |
2011 | Alemanha | Japão |
2015 | Canadá | Estados Unidos |
2019 | França | Estados Unidos |
Primeira edição do Campeonato Mundial
Na primeira edição, somente 12 seleções participaram do campeonato mundial. Em 1999, esse número aumentou para 16, e houve outra mudança em 2015, quando 24 países participaram do torneio. Na edição de 2023 vai ter o maior número de países participantes: um total de 32.
Na primeira edição da Copa do Mundo Feminina, realizada na China em 1991, os jogos tinham a duração de 80 minutos. A partir da segunda edição que ocorreu na Suécia em 1995, os jogos passaram a ter a duração de 90 minutos.
Em 1999, por causa do sucesso do primeiro torneio de futebol feminino, os Estados Unidos foram escolhidos como sede da Copa do Mundo Feminina. Esse torneio impulsionou o interesse do público pelos jogos femininos no país, levando cerca de 37 mil espectadores aos jogos. Na final da Copa de 1999, 90 mil pessoas assistiram à partida que deu a vitória para os Estados Unidos.
Devido a uma epidemia de síndrome respiratória aguda grave (SARS) em 2003 a China foi incapaz de sediar o evento, então os Estados Unidos sediaram novamente a Copa do Mundo Feminina.
Nos anos seguintes, a Copa do Mundo Feminina foi sediada pela Alemanha em 2011, pelo Canadá em 2015 e pela França em 2019.
Torneio atual 2023
Austrália e Nova Zelândia organizaram a Copa do Mundo Feminina em 2023.
O torneio terá a participação de duas seleções da Ásia (China Taipei e Tailândia), duas da África (Senegal e Camarões), duas da América do Sul (Paraguai e Chile) e uma da Oceania (Papua Nova Guiné). E esse ano haverá a presença de duas seleções da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf), sendo elas o Haiti e o Panamá.
A Seleção Brasileira de Futebol Feminino marcou presença em todas as edições da Copa do Mundo Feminina. Em 1999, conquistou a terceira colocação. Em 2007, alcançou a posição de vice-campeã, após perder na final por 2 a 0 para a Alemanha.
Além das duas nações anfitriãs, a edição de 2023 trará outro feito histórico: a participação de 32 seleções competindo pelo título mundial. Essa marca representa o maior número de participantes em uma Copa do Mundo Feminina de Futebol.
Outra novidade nesta edição é que a FIFA realizou uma repescagem para três vagas na Copa. Os jogos da repescagem foram realizados entre os dias 17 e 23 de janeiro, na Nova Zelândia. As vagas foram conquistadas pelo Haiti, Panamá e Portugal.
A Fifa e o futebol feminino no mundo
É inegável que existe uma grande diferença de investimento entre as modalidades masculina e feminina do futebol, refletida na disparidade de público, número de patrocinadores e condições de exercício da profissão de atleta em cada gênero.
Infelizmente, essa situação não se limita apenas ao Brasil, sendo observada em vários outros países, especialmente aqueles em desenvolvimento e com menor poder econômico. Com o objetivo de buscar equidade entre as modalidades de futebol, a FIFA lançou, em 2018, o programa “Estratégia do Futebol Feminino”.
Essa iniciativa trabalha em conjunto com confederações, membros de associações, clubes, jogadoras, imprensa e fãs de futebol para implementar ações concretas em prol do empoderamento feminino e da luta contra o machismo dentro do futebol.
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