Mulheres brasileiras que entraram para a história

Top 10 de Mulheres brasileiras que entraram para a história e conseguiram influenciar o país, mudando nossa forma de pensar.

Abaixo está algumas das Mulheres brasileiras que entraram para história e conseguiram feitos lembrados até hoje.

Elas colocaram as mãos à obra e desafiaram o status quo. Polêmicas, revolucionárias, corajosas: essas brasileiras se tornaram ícones em suas respectivas áreas de atuação e merecem ser recordadas.

Pintoras, escritoras, cantoras, políticas, pensadoras – relembre agora aquelas que nos ensinaram a enxergar de uma nova perspectiva.

Dandara dos Palmares (?-1694)

 

Dandara foi uma destemida guerreira negra durante o período colonial do Brasil. Casou-se com Zumbi dos Palmares, com quem teve três filhos: Motumbo, Harmódio e Aristogíton. E tinha que estar no topo das mulheres brasileiras que entraram para história.

Desde tenra idade, juntou-se ao grupo de negros que desafiavam o sistema colonial escravista. Além de participar ativamente da elaboração de estratégias de resistência do quilombo, também se envolvia nas atividades cotidianas, como pesca e agricultura.

Na história do nosso país, Dandara é uma heroína que dominava as técnicas da capoeira e lutava ao lado de homens e mulheres nas diversas batalhas que ocorreram em Palmares, um quilombo estabelecido na Serra da Barriga, localizada na então Capitania de Pernambuco (atual estado de Alagoas).

Emancipada, faleceu em 1694 ao tirar a própria vida, pois não suportava a perspectiva de retornar à escravidão.

Maria Quitéria (1792-1853)

Maria Quitéria (Maria Quitéria de Jesus Medeiros) foi uma militar brasileira, reconhecida como heroína da Guerra da Independência. Ela é a Patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro (QCO).

Maria Quitéria era uma baiana, filha de um português e de uma dona de casa, que ficou órfã de mãe quando tinha apenas dez anos. A partir desse momento, assumiu a responsabilidade de cuidar dos seus dois irmãos e da casa.

Independente e destemida, Maria Quitéria tinha inclinação para atividades como montar a cavalo, caçar e manejar armas de fogo, mas não demonstrava interesse pela escola. Quando soube das lutas de apoio à Independência em 1822, decidiu pedir autorização ao pai para se alistar. No entanto, o pedido foi negado, mas ela não desistiu, e com o auxílio da irmã e do cunhado, cortou o cabelo, vestiu roupas masculinas, adotou um nome falso e se alistou voluntariamente. Mesmo quando seu pai a descobriu, o major responsável por ela reconheceu o comportamento exemplar da moça e não permitiu que fosse desligada do batalhão.

A jovem participou ativamente da defesa da Ilha da Maré, da Pituba, da Barra do Paraguaçu e de Itapuã, tornando-se um ícone de coragem e perseverança, embora tenha falecido no anonimato. Em sua vida pessoal, Maria Quitéria casou-se com um antigo namorado, um lavrador, e teve com ele uma filha.

Ana Néri (1814-1880) 

Nascida em 1814, na Bahia, casou-se com um militar e ficou viúva aos 29 anos, assumindo a criação dos três filhos sozinha. Quando seus filhos foram convocados para a Guerra do Paraguai, Ana Néri não hesitou e escreveu uma carta ao presidente da província oferecendo-se voluntariamente para servir como enfermeira durante o conflito.

Aceita na função, Ana Néri mudou-se para o sul do país e dedicou-se a aprender tudo o que podia sobre enfermagem. Mesmo enfrentando escassos recursos e uma grande quantidade de doentes, realizou um trabalho exemplar. Com seus próprios meios, criou uma enfermaria em Assunção, no Paraguai, para atender aos feridos.

Essa brasileira foi tão notável que recebeu condecorações e homenagens do imperador D. Pedro II. O Dia do Enfermeiro é celebrado até hoje em 20 de maio, em memória ao falecimento de Ana Néri, que partiu em 1880.

Chiquinha Gonzaga (1847-1935)

Filha de um militar e de uma mulher mestiça, sendo neta de uma escrava, Chiquinha teve a oportunidade de receber uma educação de qualidade, o que despertou desde cedo seu fascínio pelo universo da música.

Conhecida pelo seu temperamento forte, a jovem se casou com um homem oito anos mais velho, com quem teve três filhos. No entanto, o marido não apoiava sua vocação musical, levando Chiquinha a pedir o divórcio.

Depois, casou-se novamente e teve uma filha. Embora esse casamento também não tenha dado certo, Chiquinha finalmente conseguiu alcançar o destino que tanto almejava: viver da música. Ela viajou pelo país, compôs e ministrou aulas de piano.

Chiquinha se destacou como pianista, compositora, regente e, posteriormente, como líder de destaque na luta pelos direitos autorais. Sua obra é estimada em cerca de trezentas composições, incluindo partituras para dezenas de peças teatrais. Notavelmente, Chiquinha foi a pioneira ao compor para o teatro nacional, tornando-se a primeira mulher a realizar essa conquista.

Tarsila do Amaral (1886-1973)

Tarsila de Aguiar do Amaral foi uma pintora, desenhista, escultora, ilustradora, cronista e tradutora brasileira. Ela é reconhecida como uma das principais artistas modernistas latino-americanas, sendo aclamada como a pintora que melhor expressou as aspirações nacionalistas brasileiras nesse estilo artístico.

Filha de uma família rica e tradicional, a pintora cresceu em fazendas no interior de São Paulo. Aos dezesseis anos, partiu para estudar artes plásticas fora do país, em Barcelona. Ao retornar ao Brasil, casou-se e teve uma filha. Posteriormente, separou-se e retornou para a Europa, onde teve a oportunidade de conhecer diversos artistas, vivendo uma vida dinâmica e participando de círculos sociais influentes.

Os trabalhos da pintora são geralmente divididos em três fases: Pau-Brasil, Antropofágica e Social. Tarsila também foi co-fundadora, ao lado de Oswald de Andrade (com quem se casou) e Raul Bopp, do movimento Antropofágico, um marco na cultura brasileira.

Tarsila do Amaral é a autora da famosa tela “Abaporu”, além de ter criado diversas outras obras que fizeram parte do movimento Modernista.

Cora Coralina (1889-1985)

Ana Lins dos Guimarães Peixoto era o nome de batismo da poetisa Cora Coralina, uma brasileira que iniciou a publicação de seus trabalhos aos 76 anos de idade.

Pouco antes, aos 70 anos, decidiu aprender datilografia por conta própria para organizar seus poemas e enviá-los aos editores.

Seu trabalho recebeu elogios de Carlos Drummond de Andrade. Cora Coralina recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela UFG e ocupou a cadeira número 3 da Academia Goianiense de Letras.

Sua poética tem como base a escrita do cotidiano, das pequenas coisas, e é marcada por uma delicadeza e sabedoria adquiridas ao longo de uma vida dedicada à observação de cada detalhe do caminho percorrido.

Apesar de ter iniciado sua carreira literária tardiamente, Cora Coralina construiu uma produção consistente e tornou-se uma das poetas mais celebradas do país, e seus versos conquistaram admiradores mundo afora.

Cecília Meireles (1901-1964)

Cecília Benevides de Carvalho Meireles, nascida no Rio de Janeiro, foi uma jornalista, pintora, poeta, escritora e professora brasileira. Ela é um dos nomes consagrados do modernismo brasileiro, sendo reconhecida como uma das maiores poetas da língua portuguesa e amplamente considerada a melhor poeta do Brasil.

Essa brilhante escritora brasileira teve uma história de vida marcada por tristezas: seu pai faleceu pouco antes de seu nascimento, e sua mãe partiu quando a menina tinha apenas 3 anos.

A poeta casou-se duas vezes, sendo a primeira delas com um artista plástico português, com quem teve três filhas.

Além de dedicar-se à escrita de textos literários, essa mulher admirável atuou como professora, jornalista e em 1934, fundou a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, e deixou mais de cinquenta obras publicadas!

Nise da Silveira (1905-1999)

Nascida em Maceió, Nise graduou-se em Medicina na Bahia em 1926. Em 1957, estudou no Instituto Jung em Zurique e, no mesmo ano, organizou uma exposição com pinturas de pacientes psiquiátricos em São Paulo, inaugurada por Jung. Essa mostra de arte foi o marco inicial do Museu do Inconsciente, também organizado pelo Dr. Da Silveira em 1969.

Doutora Nise da Silveira formou-se em psiquiatria e passou a trabalhar no Hospital da Praia Vermelha, mais tarde trabalhou no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, localizado no bairro do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, e desenvolveu seu trabalho mais significativo. Nesse ambiente, ela conseguiu tratar os pacientes por meio da arteterapia, da interação com os animais e do acolhimento, o que demandou uma luta incansável contra os métodos violentos e desumanos que eram frequentemente utilizados.

Essa médica psiquiatra extraordinária revolucionou a forma como os tratamentos de saúde mental são conduzidos no Brasil.

Rachel de Queiroz (1910-2003)

Rachel de Queiroz foi uma tradutora, romancista, escritora, jornalista e cronista prolífica, além de uma importante dramaturga brasileira. Destacou-se como autora na ficção social nordestina e conquistou feitos notáveis em sua carreira literária. Em 1977, tornou-se a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, e também foi a primeira mulher a receber o prestigioso Prêmio Camões.

Rachel era parente, pelo lado materno, do escritor José de Alencar. Filha de um promotor, a jovem formou-se professora com apenas quinze anos e colaborou com alguns jornais. Apaixonada pela escrita, continuou produzindo para os meios de comunicação, onde publicou mais de duas mil crônicas. Além das crônicas, também se dedicou a romances e peças de teatro.

A escritora, desde o início de sua carreira, já havia recebido o prêmio da Fundação Graça Aranha pelo seu primeiro romance, O Quinze, publicado quando tinha apenas 20 anos.

Rachel casou-se duas vezes – a primeira com um poeta, a segunda com um médico – e teve uma única filha que faleceu com apenas 18 meses.

Irmã Dulce (1914-1992)

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce, foi uma freira brasileira.

Em outubro de 2010 o Vaticano reconheceu um milagre atribuído à freira: ela teria curado uma mulher desenganada após o parto.

Quando ainda era adolescente, ela já demonstrava sua compaixão ajudando os mais necessitados, direcionando seu olhar para mendigos e doentes. Em 1934, aos vinte anos, realizou seu desejo e tornou-se freira, adotando o nome de Irmã Dulce em homenagem à própria mãe (Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes).

Irmã Dulce atuou em escolas e foi fundamental na criação de um albergue para doentes, dedicando-se a amparar os mais pobres.

Em 2011 a irmã foi beatificada pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo, em Salvador, e canonizada em 13 de outubro de 2019 pelo Papa Francisco, recebendo o título de Santa Dulce dos Pobres. Ela tornou-se a primeira santa nascida no Brasil.

Tem Mulheres brasileiras que entraram para história e não estão nessa lista. Se fosse colocar todas as mulheres brasileiras que entraram para história conhecidas e desconhecidas acho que não iria parar de escrever rs. Qual você acha que deveria ter entrado para essa lista e que não entrou?

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